descalço
de mãos vazias
mirando o vago
mas de quem esta voz que fala como se estivesse ao meu alcance, se eu não estou em nenhum lugar por perto
certa mão quase roça a minha, outro corpo como se apenas existisse, outro repositório de intenções fadado a desentender por completo
e como interromper um traço que esvoaça da minha cara sem ser jamais ter sido meu gesto?
vacilando eu consigo tocar nos teus lábios mais rápido que antes
cerrando os olhos eu posso enxergar o passo do tempo ainda mais alto
e dizendo dizendo o silêncio ensina silêncio para principiantes
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